A sustentabilidade na cadeia de frio global vive um momento de transformação, impulsionada por mudanças regulatórias, discussões e compromissos ambientais e pela exigência dos consumidores por alimentos mais seguros e sustentáveis.
Essas demandas se refletem no dia a dia da logística de alimentos com temperatura controlada, que gerencia desafios na busca pela redução do consumo de energia e água, das emissões de gases de efeito estufa e do desperdício de alimentos por falha nos processos.
Leia, a seguir, como governos, clientes e operadores logísticos como a Emergent Cold LatAm vêm atuando não apenas na América Latina, mas em todo o mundo.
Porque a sustentabilidade está na agenda de governos, clientes e operadores logísticos
Pensando no contexto das indústrias, a International Financial Reporting Standards (IFRS) anunciou, em 2021, a formação do International Sustainability Standards Board (ISSB) – conselho criado para responder aos apelos do Conselho de Estabilidade Financeira do G20, do G7 e da International Organization of Securities Commissions (IOSCO).
Com o objetivo de tornar mais consistentes, completas, comparáveis e verificáveis as informações financeiras relacionadas à sustentabilidade e aos fatores climáticos, o conselho estabelece um novo patamar de transparência.
A sustentabilidade na cadeia de frio já é uma exigência que permeia diferentes players do mercado. Para os governos, trata-se de alinhar o setor às metas climáticas globais, reduzir emissões de gases de efeito estufa e garantir segurança alimentar em larga escala.
Já os operadores logísticos, enxergam na eficiência energética e no combate ao desperdício um caminho para reduzir custos, elevar a competitividade nos mercados nacionais e internacionais, e fortalecer a resiliência das operações.
Por fim, para os clientes, a pressão vem tanto dos consumidores finais, que buscam produtos com menor impacto ambiental, quanto dos próprios investidores, que cobram relatórios de sustentabilidade claros e comparáveis.
Quais os principais debates da indústria sobre o tema
O desafio está em equilibrar a competitividade do mercado, a eficiência operacional com a sustentabilidade. Por isso, a indústria tem concentrado sua atenção em eficiência energética, redução de emissões e do desperdício de alimentos.
Eficiência energética
A refrigeração é o ponto crítico da cadeia de frio devido ao elevado consumo de energia que exige. Segundo dados da Asociación de Empresas de Frío y sus Tecnologías (AEFYT), cerca de 15% da energia elétrica mundial é destinada à conservação de alimentos.
Desta maneira, as empresas estão acelerando investimentos em tecnologias de baixo consumo, sistemas de automação para monitoramento inteligente e integração de fontes renováveis como a solar e a eólica.
Nesse cenário, as certificações internacionais nunca fizeram tanto sentido quanto agora. Elas tornaram-se um selo de credibilidade, garantindo que as operações atendam aos critérios globais de sustentabilidade na cadeia de frio.
Redução de emissões
As operações logísticas na cadeia de frio são responsáveis por emissões que contribuem com o efeito estufa e há muitas medidas que podem ser adotadas. Nos armazéns, alguns exemplos são a adoção de iluminação LED, sistemas de refrigeração com gases de baixo impacto climático, painéis solares e construções sustentáveis.
No transporte, as ações prioritárias têm sido a modernização da frota, adoção de biocombustíveis e veículos elétricos.
Redução do desperdício de alimentos
Um dos grandes temas da agenda global é o combate ao desperdício de alimentos ao longo da cadeia logística. Segundo dados da Food and Agriculture Organization of The United Nations (FAO), 1/3 dos alimentos no mundo são desperdiçados, e parte significativa desta perda está ligada ao processo logístico inadequado.
Como a Emergent Cold LatAm está atuando no tema de sustentabilidade
A sustentabilidade é um dos nossos valores, e temos consciência de que podemos reduzir os impactos de nossas operações sobre o meio ambiente e as comunidades onde estamos presentes.
Desde a nossa fundação, em 2021, temos trabalhado com o objetivo de avançar em temas ambientais, sociais e de governança.
Eficiência
Em 2024, do total de energia consumida na empresa, 60% foram provenientes de fontes renováveis. Isso demonstra nosso compromisso em operar com eficiência energética, mesmo com um aumento de 14% em nossa capacidade energética de armazenamento no período.
Energia solar
Estamos investindo na instalação de painéis solares em nossas plantas. Ao longo de 2024, o número de plantas com painéis solares triplicou, passando de cinco para 15. Nossa capacidade no último ano chegou a 11.926 MW.
Emissões de gases de efeito estufa
As emissões indiretas (Escopo 2), que correspondem ao consumo de energia elétrica em armazéns próprios e alugados operados por nós, tiveram uma redução de 9,23%, ainda que a capacidade de armazenamento tenha crescido 14% em relação ao ano anterior.
Reutilização de água
Triplicamos o volume de água reutilizada em nossas operações em 2024. Também temos investido em tecnologia e sistemas para reduzir o desperdício em nossas plantas. Buscamos reduzir em pelo menos 20% o consumo de total água.
Uma das maneiras que temos utilizado para atingir tal objetivo é a aplicação dos padrões de construção sustentável a um número cada vez maior de armazéns.
Construções sustentáveis
As certificações EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiencies) visam promover em todo o mundo construções mais sustentáveis e eficientes em termos de utilização de recursos.
Em 2024, os armazéns com essas certificações representaram 13,16% do total, o que mostra o grande desafio e as oportunidades de avanço em relação à otimização no uso dos recursos hídricos.
Inclusive, nossa planta de San Pedro de La Paz, no Chile, teve destaque pois representou o primeiro armazém de alimentos a temperatura controlada do mundo a receber a certificação EDGE Zero Carbon (o mais alto grau conferido a uma construção pela EDGE, busca a máxima eficiência no consumo de energia e compensações de emissões de carbono).
Gestão de resíduos
Um destaque na gestão de resíduos é o aumento expressivo da reciclagem realizada nas próprias plantas ou destinação à reciclagem de diferentes tipos de materiais. Em 2024, o total de toneladas de materiais que deixaram de ser descartados aumentou 25 vezes.
Combate ao desperdício de alimentos
Como parte de nosso propósito de contribuir com a redução do desperdício de alimentos no mundo, este é um tema prioritário. O volume de alimentos armazenados em nossas instalações em 2024 foi de 2,5 milhões de toneladas, um aumento de 8,7% em relação ao ano anterior.
Movimento The move to -15ºC
Em 2024, a Emergent Cold LatAm foi a primeira empresa na América Latina a se unir ao movimento global The Move to -15°C. O objetivo é defender a elevação da temperatura padrão para armazenamento de alimentos congelados de -18°C para -15°C, o que gera benefícios tanto para a indústria quanto para o meio ambiente.
Conclusão
Empresas que investem em eficiência energética, redução de emissões e gestão inteligente de recursos não apenas atendem às expectativas regulatórias e ambientais, como também fortalecem sua competitividade e resiliência operacional.
Trabalhar com operadores logísticos que já aplicam essas soluções significa garantir operações mais eficientes, confiáveis e preparadas para os desafios futuros, transformando a sustentabilidade em vantagem competitiva real para toda a cadeia de suprimentos.
Para conhecer em detalhes todas as iniciativas e resultados em sustentabilidade na cadeia de frio, acesse nosso Panorama de Sustentabilidade 2024.


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